Você está pensando em iniciar um negócio online e quer saber se pode vender com CPF ou se precisa abrir um CNPJ?
Na Tactus, nós atendemos mais de 3 mil empreendedores digitais que também iniciaram seus negócios com essa mesma dúvida.
Com base nessa experiência, vamos ajudar você a entender em quais situações pode vender com CPF e quais as limitações e cuidados que precisa tomar atuando como pessoa física.
Você vai entender também em qual momento é recomendável abrir um CNPJ online para atuar no mercado digital.
Pode vender com CPF na internet?
Sim, é você pode vender na internet usando seu CPF em algumas plataformas como MercadoLivre, Shopee, OLX, Hotmart, Eduzz, Kiwify e outras.
Isso pode ser útil para quem está testando o mercado ou vendendo itens ocasionalmente.
Mas é importante ter em mente que o CPF não foi criado para fins comerciais. É uma solução temporária e não sustentável a longo prazo para um negócio em crescimento.
Quais as limitações de vender com CPF nos marketplaces e plataformas de Infoprodutos?
Embora seja possível começar vendendo com CPF, existem várias limitações significativas que você precisa considerar:
- Limite de vendas: Muitas plataformas impõem um limite de vendas para contas de pessoa física. Por exemplo, no MercadoLivre, existe um limite após o qual você será notificado para migrar para uma conta de pessoa jurídica.
- Restrições logísticas: Ao vender com CPF, você geralmente fica limitado a usar os Correios para enviar seus produtos. Isso pode resultar em prazos de entrega mais longos e custos mais altos, tornando seus produtos menos atrativos para os compradores.
- Menor visibilidade: Os algoritmos de muitas plataformas tendem a favorecer vendedores profissionais (com CNPJ) que utilizam suas soluções logísticas integradas.
- Acesso limitado a fornecedores: Muitos fornecedores atacadistas e distribuidores só vendem para empresas com CNPJ. Isso pode limitar suas opções de fornecimento e potencialmente aumentar seus custos.
- Restrições em plataformas de infoprodutos: Algumas plataformas de venda de infoprodutos podem exigir um CNPJ para criar uma conta de produtor ou afiliar-se a programas mais avançados.
- Falta de credibilidade: Clientes e parceiros de negócios podem ver a falta de um CNPJ como um sinal de que seu negócio não é profissional ou confiável.
Essas limitações podem dificultar o crescimento e a escalabilidade do seu negócio online.
À medida que suas vendas aumentam, você provavelmente descobrirá que as vantagens de ter um CNPJ superam as conveniências iniciais de vender com CPF.
Quais os riscos de vender com CPF?
Vender com CPF pode atrair a atenção da Receita Federal, principalmente se houver grandes movimentações financeiras sem justificativa adequada.
Isso porque todo valor que você recebe como pessoa física precisa ter uma origem justificável.
Se você não conseguir explicar a origem dos fundos recebidos por vendas online, a multa pode chegar a 75% do valor total transacionado, como já vimos acontecer várias vezes.
Além disso, a alíquota de impostos na pessoa física chega rapidamente a 27,5%, enquanto na pessoa jurídica a tributação pode se iniciar em 4% (e-commerce) ou 6% (Infoprodutos).
Quais cuidados tomar ao vender como pessoa física?
Se decidir começar vendendo com CPF, guarde os comprovantes de todas as suas vendas, custos e despesas.
Assim você conseguirá justificar suas receitas e já terá um histórico para uma eventual transição para CNPJ.
Declare corretamente os impostos relacionados às suas vendas e fique atento aos limites de venda impostos pelas plataformas e comece a planejar a transição para CNPJ quando se aproximar desses limites.
Leia mais: Como declarar ganhos da Hotmart no Imposto de Renda
Como declarar os impostos das vendas com CPF
Quando você vende pela internet usando seu CPF, deve saber que todas as suas receitas precisam ser declaradas no Imposto de Renda.
A Receita Federal monitora os valores transacionados nas plataformas, e qualquer movimentação suspeita pode chamar a atenção do fisco.
Uma opção para regularizar suas vendas é declarar todos os meses os seus ganhos com as vendas no Carnê-Leão.
Essa ferramenta da Receita permite que você faça deduções sobre suas receitas, o que pode ajudar a reduzir a base de cálculo do imposto.
Mas mesmo com essas deduções, o imposto a pagar como pessoa física tende a ser significativamente maior do que seria se você estivesse operando como pessoa jurídica.
Diferenças de tributação ao vender com CPF ou com CNPJ
Para ilustrar essa diferença, vamos considerar que você esteja faturando R$ 10 mil por mês.
Se você tivesse um CNPJ, dependendo do regime tributário escolhido, você poderia estar pagando uma alíquota de apenas 4% ou 6% sobre esse valor.
Agora, se você está operando como pessoa física, a alíquota será de 27,5% mais 20% de contribuição previdenciária, limitado ao teto máximo do INSS.
Por isso, muitos empreendedores digitais logo optam por abrir seu CNPJ para vender nos marketplaces e plataformas de infoprodutos.
Quando vale a pena ter um CNPJ para vender na Internet?
Vale a pena considerar um CNPJ quando suas vendas estão se aproximando dos limites impostos pelas plataformas para contas de pessoa física, ou quando você está tratando a atividade como um negócio regular.
Do ponto de vista tributário, quando você está ganhando acima da faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (R$ 2.259,21 atualmente), já vale a pena abrir seu CNPJ como MEI.
Isso porque no MEI você terá de arcar com apenas cerca de R$ 70 por mês de impostos, até atingir o faturamento anual de R$ 81 mil.
Quando seus ganhos anuais superarem este valor, você terá de migrar para Microempresa, com alíquotas a partir de 4% para comércio e 6% para infoprodutos e serviços.
Ou seja, deixar de vender com CPF para ter seu próprio CNPJ vale muito a pena para aproveitar todos os benefícios das plataformas digitais, mostrar profissionalismo e ainda reduzir a tributação.
Leia mais: Infoprodutor pode ser MEI? e Como funciona o MEI para e-commerce
Como a Tactus ajuda você a vender na internet com a menor tributação
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