Este artigo faz parte da série de dicas sobre empreendedorismo e, por esse motivo, recomendamos que você acompanhe os outros para ter uma boa orientação e ser bem sucedido como empresário. Neste artigo, abordaremos o assunto sociedades. Como deve ser escolhido um sócio para o seu negócio?
A necessidade de ter um sócio
É comum ver muitos empresários que acabam se amparando na necessidade de ter um sócio para ser bem sucedido. Isso porque muitas vezes existe certa insegurança para criar o próprio negócio. Então, busca-se no sócio uma pessoa que possa ajudar a suprir essa insegurança.
Porém, é importante saber que uma sociedade é como se fosse um casamento. Às vezes as coisas são muito fáceis de começar, mas podem não dar muito certo com o tempo e resultar em um preço um pouco caro para ser desfeito.
Assim como um casamento, para começar uma sociedade, é preciso pensar um pouco mais antes de se iniciar, pois isso pode fazer muita diferença no sucesso do seu negócio.
O que devo considerar ao escolher um sócio?
A primeira coisa que você deve pensar é que precisa ter um sócio que possa de fato agregar alguma coisa a você e ao seu negócio. Não somente agregar no ponto de vista motivacional. Às vezes a pessoa tem o dinheiro e um determinado conhecimento, mas não tem a segurança para abrir um negócio. Ela então arruma um sócio que é muito motivador, que realmente faz as coisas acontecerem, mas que não tem a disponibilidade financeira para ajudar.
Por outro lado, às vezes acontece de a pessoa ter o conhecimento, mas precisa de um sócio que tenha o dinheiro para investir. Esse tipo de sociedade é algo que precisa de muito cuidado. Quando você decide investir o seu dinheiro em uma pessoa que tem um determinado conhecimento, por que ela precisa de alguém para investir o dinheiro?
Mas, quando é o caso de um dos sócios colocar em risco o seu próprio capital, ou seja, cada um coloca 50% do capital em risco no negócio, é preocupante para ambos não perder esse dinheiro.
Por outro lado, quando pego 100% do seu dinheiro e monto um negócio junto a você com o meu conhecimento, o meu grau de responsabilidade sobre aquele capital investido é muito pequeno. Isso porque, se perder o dinheiro, não será o meu, mas sim o seu dinheiro investido. Por isso, muito cuidado com esse tipo de proposta. E se algo der errado e você perder tudo? São questões que devem ser analisadas.
Ter um sócio é a melhor opção no seu caso?
Mas, por outro lado, e se o negócio der certo? Como ficará a divisão, a participação de cada um? Você colocou todo o dinheiro, mas só tem 50% do negócio, pois a outra pessoa entrou com a ideia. Será que essa pessoa vai conseguir impor o valor desse investimento na proporção que caberia ao percentual dela no negócio?
Por exemplo, você investe R$100.000,00 num negócio, a outra pessoa não coloca absolutamente nada, como fica a questão da divisão depois? Por esse motivo, às vezes é melhor começar o negócio sozinho do que em sociedade. Caso você não tenha o conhecimento, poderá contratar pessoas com o conhecimento para aquilo que você precisa.
Por exemplo, na Tactus sempre tivemos pessoas qualificadas para as nossas diversas necessidades, como os lançamentos contábeis, a parte fiscal, departamento pessoal, etc. Um funcionário que não se adeque às necessidades poderá então ser substituído por um que seja importante para o desenvolvimento do negócio, sem com isso estar amarrado a nenhum deles. Isso é possível por não haver uma sociedade com essas pessoas.
Apesar do que foi explicado neste artigo, a sociedade pode ser muito útil, mas para isso é preciso escolher um sócio que possa realmente agregar algo para o negócio em si. Um sócio que possa estar junto a você e que tenha a responsabilidade sobre o que pode acontecer. Dessa forma, será muito melhor o relacionamento a longo prazo para o seu negócio.