A situação de crise que estamos vivendo, tem afetado as empresas e levado os donos dos seus pequenos negócios a refletirem sobre as dívidas.
Muitos gestores quando foram analisar suas empresas, depois do início dessa situação, perceberam que estavam muito endividados.
O fator que leva tantos empreendedores a essa conclusão, está relacionado com erros que muitas vezes os gestores cometem nas suas pessoas físicas, ou seja, dentro do negócio temos uma situação de controle financeiro relacionada a ele e temos por outro lado, o aspecto da pessoa física dos sócios.
Um total descontrole na pessoa física do sócio, vai impactar diretamente no negócio. Neste conteúdo você vai entender dicas práticas de como evitar o problema do endividamento e como sanar suas dívidas,caso você esteja nessa situação.
IMPORTÂNCIA DO CONTROLE
Algumas informações precisam ser levadas em consideração sobre o seu negócio, continue lendo o artigo!
O primeiro fator que você precisa considerar é que todo o negócio precisa de um controle.
Simplesmente, através de um caderno eram feitas as anotações de vendas e dividendos, no final do mês era realizado o fechamento desse caixa.
Atualmente, os negócios ficaram muito mais complexos do que eram naquela época em que era muito mais fácil ter um pequeno negócio e ser dono de um comércio na década de 90.
Por outro lado, o caderninho deixou de existir dando lugar para sistemas, planilhas e tecnologia que nos ajudam nesse processo. Hoje temos condições de metrificar resultados em relação ao que está acontecendo na empresa de maneira mais assertiva e rápida.
PESSOA JURÍDICA
Tudo depende do seu negócio, em cada tipo de negócio você tem uma situação específica que se aplicam algumas condições.
Mas é certo afirmar que se você não tem o controle total da sua pessoa jurídica, não consegue identificar quanto dinheiro está sangrando do seu negócio para sua pessoa física.
A primeira coisa que você precisa fazer é ter esse controle.
Para facilitar esse controle, é essencial separar a sua pessoa física da sua pessoa jurídica.
Separe as contas pagas da sua empresa, das contas da sua casa e pessoa física.
Nunca faça o pagamento de despesas pessoais dentro da sua conta corrente como pessoa jurídica, em hipótese nenhuma, pois com certeza vai se perder nessa relação.
É comum que tenha um montante maior na sua conta pessoa jurídica, normalmente isso não condiz com o valor que tem na sua pessoa física disponível.
Quando mistura essas visões, tem a impressão de que o dinheiro que está no caixa da pessoa jurídica é seu para uso pessoal, isso é completamente danoso, dessa forma você vai perder o controle de quanto está gastando e se não controlar, não saberá onde está indo o seu dinheiro.
PESSOA FÍSICA
Algumas pessoas, além do fato de sangrar o negócio, continuam se endividando na sua pessoa física. Se não mensurar isso, você entra no processo de descontrole e efetivamente começa a gerar problemas em relação ao seu caixa pessoal.
Caso enfrentemos outra situação, semelhante a essa crise financeira que estamos enfrentando, a falta de controle vai afetar diretamente a sua pessoa física e aumentar o seu grau de endividamento, resultando em problemas.
E como vai olhar para a sua pessoa física?
Caso trabalhe numa empresa como empregado, terá um salário mensal e suas despesas devem ser contempladas com base nesse salário.
Vamos supor que nesse trabalho você ganhe, por exemplo “5X”.
Destas cinco partes é essencial que uma delas seja destinada a objetivos e inclusive para uma reserva.
Se você é uma pessoa física trabalhando como CLT, tem possibilidades de fatores que fogem do seu controle, como a perda de emprego e sendo empresário também pode perder seu negócio, enfrentando problemas.
Hoje estamos vivendo uma crise, muitos negócios estão sendo devastados e junto a eles estão sendo devastadas as pessoas físicas que não se prepararam para uma situação de crise.
Você não pode ter um reflexo de problema na sua pessoa física por uma má gestão das suas contas pessoais, precisa ter uma reserva financeira.
Para ter uma reserva financeira você deve efetivamente administrar o seu recurso, ou seja, gastar menos do que ganha, trabalhar seus recursos de forma que possa guardar. Você não pode olhar para o seu negócio e acreditar que pode tirar o dinheiro que foi necessário e mesmo assim se endividar com outras coisas.
A crise que estamos vivendo está nos ajudando a enxergar que existe uma infinidade de coisas que compramos no dia a dia que não são necessárias.
Esses supérfluos que compramos por impulso, não agregam valor a nossa vida e poderiam ser tratados de uma outra forma.
Uma situação de crise vai te ajudar com um aprendizado para o resto da sua vida. Saiba que situações similares a essa poderão surgir outras vezes, é importante entender tudo a nossa volta e que assim como um negócio pode quebrar, uma pessoa física também pode.
Efetivamente é muito melhor ter uma vida com menos preocupações, lidar com dívidas, muitas vezes desnecessárias, é muito desgastante. O conceito de enriquecimento é baseado na troca de menos passivos por mais ativos.
TIPOS DE BENS
Caso compre uma casa financiada, um carro ou um novo equipamento financiado ele é um passivo.
Não há nada de errado em comprar um bom celular por exemplo, se ele te entrega o que você precisa, errado é trocar de celular a cada lançamento sem necessidade. Entender o conceito do que é passivo e do é ativo vai te ajudar muito.
O seu carro é um passivo? Sim, pois você tem um custo por trás dele.
Também não há nada de errado em comprar um carro, mas eu vejo muitas pessoas que estão no processo inicial da sua vida acabam se endividando para poder comprar o seu carro e certamente, essa não é a mais certa das decisões.
Se encher a sua pessoa física de passivos, vai influenciar negativamente o seu negócio. Desse modo, tem que manter um pró-labore alto e sangrar o seu negócio para fazer o pagamento desses passivos.
À medida que consegue economizar, você transforma passivos em ativos.
Ao invés de comprar um carro, aplicar o dinheiro terá um rendimento extra sobre esse valor. Sairá de um bem que vai te custar X e vai te consumir X do salário como empreendedor e você terá uma renda.
Não importa a quantia, gerando renda está economizando e ganhando isso.
Isso faz uma grande diferença para chegar a pensar em uma independência financeira. O conceito de independência financeira é ter ativos, que geram rendimentos suficientes, permitindo que não precise trabalhar mais para viver.
Numa situação como essa, você pode renunciar ao seu salário e viver com folga, sem depreciar ou consumir esses ativos. A receita gerada por ativos, que não se depreciam ao longo do tempo, gera para você o conceito de dependência financeira.
Muitos empreendedores, até mesmo em fase jovem, chegaram a sua independência financeira, porque aplicaram o conceito de agregar ativos para sua pessoa física.
A sua vida está uma bagunça? Você está descontrolado e cheio de dívidas?
Não se desespere!
Eu também já passei por isso e a grande verdade é que: podemos mudar.
Você pode começar a controlar as coisas, mudar a sua forma de pensar em relação ao uso do dinheiro, transformando a sua mente e entender que a sua vida precisa ser administrada tal qual o seu negócio, portanto, aprenda a lidar com suas finanças.
É claro que você vai levar um tempo para sanar essas dívidas, para entender como lidar com elas, mas você consegue. É possível fazer isso quando definitivamente chegar à conclusão que precisa e decidir buscar orientação e ferramentas para te ajudarem no seu controle.
Sair das dívidas é como uma reeducação alimentar, é preciso persistência e constância. Se relaxar, pode perder todo o trabalho.
No setor financeiro, assim como em uma dieta, é melhor andar para frente do que ficar parado ou dar passos atrás.
Mesmo que caminho seja em passos lentos, irá caminhar para frente e não para trás e tampouco você não estará parado(a). Conte com a Tactus!