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Fator R: O que é, como calcular e como usar para pagar menos impostos

Imagem mostra símbolo do Fator R e logo do Simples Nacional

Conhecer o Fator R e saber como usá-lo é algo estratégico para reduzir os impostos para empresas de serviços tributadas pelo Simples Nacional.

Por isso, vamos ajudar você a entender o que é o fator R, como calcular e como usá-lo para pagar menos impostos todos os meses na sua empresa.

O que é o Fator R?

O Fator R é um mecanismo que influencia diretamente a forma como algumas empresas prestadoras de serviços são tributadas no regime do Simples Nacional. 

Basicamente, ele serve para definir se a empresa usará as alíquotas do Anexo III (mais baixas) ou do Anexo V (mais altas). 

O “R” significa “razão” e se refere à divisão entre a folha de salários (incluindo encargos) e a receita bruta total da empresa nos últimos 12 meses.

Como funciona o Fator R na prática

As empresas que têm um fator R acima de 28% se enquadram no anexo III do Simples Nacional, com alíquotas a partir de 6%.

Já aquelas com menor despesa na área trabalhista geralmente têm um Fator R inferior a 28%, sendo tributadas pelo Anexo V, com alíquotas que partem de 15,5%.

Mais adiante vamos fazer algumas simulações para você entender melhor como funciona o cálculo do Fator R e como usá-lo para reduzir seus impostos.

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Quais atividades estão sujeitas ao Fator R?

São várias as atividades de serviços do Anexo V que se enquadram no Fator R, como:

  • Infoprodutores e afiliados;
  • Agência de marketing e agências de lançamento;
  • Youtubers;
  • Dropshipping internacional;
  • Influenciadores digitais;
  • Gestores de tráfego;
  • Social Media;
  • Desenvolvedores;
  • Streamers e gamers;
  • Representantes comerciais;
  • Imobiliárias;
  • Academias de dança, capoeira, yoga, artes marciais e atividades físicas em geral;
  • Diversas atividades ligadas à área da saúde;
  • Outros serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural.

Diferenças de tributação no Anexo V e no Anexo III

As alíquotas do Anexo V são mais elevadas que as do Anexo III, o que resulta em uma carga tributária maior.

Tabela do Anexo V

Faixa de Faturamento (em 12 meses)Alíquota (%)Dedução por Faixa (em R$)
Até R$ 180 mil15,5R$ 0,00
De R$ 180 mil a R$ 360 mil18,0R$ 4.500,00
De R$ 360 mil a R$ 720 mil19,5R$ 9.900,00
De R$ 720 mil a R$ 1,8 milhão20,5R$ 17.100,00
De R$ 1,8 milhão a R$ 3,6 milhões23,0R$ 62.100,00
De R$ 3,6 milhões a R$ 4,8 milhões30,5R$ 540.000,00

Tabela do Anexo III

Faixa de Faturamento (em 12 meses)Alíquota (%)Dedução por Faixa (em R$)
Até R$ 180 mil6,0R$ 0,00
De R$ 180 mil a R$ 360 mil11,2R$ 9.360,00
De R$ 360 mil a R$ 720 mil13,5R$ 17.640,00
De R$ 720 mil a R$ 1,8 milhão16,0R$ 35.640,00
De R$ 1,8 milhão a R$ 3,6 milhões21,0R$ 125.640,00
De R$ 3,6 milhões a R$ 4,8 milhões33,0R$ 648.000,00

Exemplo prático de redução tributária migrando do Anexo V para o Anexo III

Para entender melhor, vamos imaginar uma situação real. 

Pense em uma empresa que faturou R$ 1 milhão no último ano. Ela está na quarta faixa do Simples Nacional. 

Num mês em que fatura R$ 100 mil, veja como ficaria:

No Anexo III:

  • Alíquota nominal: 16%
  • Alíquota efetiva: 12,44%
  • Imposto a recolher: R$ 12.436,00

No Anexo V:

  • Alíquota nominal: 20,50%
  • Alíquota efetiva: 18,79%
  • Imposto a recolher: R$ 18.790,00

É uma diferença de mais de R$ 6.000 em um único mês!

É por isso que muita gente usa estratégias como o Fator R para migrar do Anexo V para o Anexo III.

Como funciona o cálculo do Fator R

O cálculo do Fator R é relativamente simples, mas requer atenção aos detalhes. 

A fórmula básica é:

Fator R = Folha de Salários (incluindo encargos) ÷ Receita Bruta Total dos últimos 12 meses

Para ficar mais fácil de entender, vamos ver um exemplo prático de como calcular o Fator R.

Simulação de cálculo do Fator R

Para este exemplo, vamos considerar os seguintes dados para os últimos 12 meses:

  1. Folha de salários:
    • Salários dos funcionários: R$ 240.000,00
    • Pró-labore dos sócios: R$ 60.000,00
    • Contribuição Patronal Previdenciária (CPP): R$ 30.000,00
    • FGTS: R$ 19.200,00
    • 13º salário: R$ 20.000,00
    • Total da folha de salários: R$ 369.200,00
  2. Receita bruta total nos últimos 12 meses: R$ 1.200.000,00

Agora, vamos calcular o Fator R:

Fator R = R$ 369.200,00 (Folha de salários) ÷ R$ 1.200.000,00 (Receita Bruta Total dos últimos 12 meses 

Fator R = 0,3076 ou 30,76%

Neste caso, como o Fator R calculado (30,76%) é superior a 28%, a empresa será tributada pelo Anexo III do Simples Nacional.

Como calcular o Fator R de uma empresa nova

Quando uma empresa está começando, o cálculo do Fator R é um pouco diferente. Afinal, não temos os 12 meses de histórico para fazer a conta. 

No primeiro mês, fazemos uma projeção

Pegamos a folha salarial do mês e multiplicamos por 12. Fazemos o mesmo com o faturamento. Depois, dividimos um pelo outro. 

Por exemplo, se você faturou R$ 10 mil e teve uma folha de R$ 5 mil, a conta ficaria assim:

  • Folha projetada: R$ 5.000 x 12 = R$ 60.000
  • Faturamento projetado: R$ 10.000 x 12 = R$ 120.000
  • Fator R = R$ 60.000 / R$ 120.000 = 0,5 ou 50%

A partir do segundo mês, começamos a usar os dados reais. 

No segundo mês, usamos a folha do primeiro mês e o faturamento do mês atual. 

No terceiro, somamos as folhas dos dois meses anteriores e o faturamento dos três meses. 

E assim por diante até completar um ano.

Quais custos da folha de pagamentos entram no cálculo do Fator R?

Muita gente tem dúvidas sobre o que realmente conta como folha de pagamento para o Fator R. 

Vamos esclarecer isso:

  1. Salários brutos dos funcionários: É o valor total, antes dos descontos.
  2. Pró-labore dos sócios: O valor que os donos da empresa retiram como remuneração também conta.
  3. Pagamentos a autônomos: Se você contrata serviços de profissionais autônomos regularmente, esses valores entram na conta.
  4. 13º salário: Mas atenção, só entra no mês em que há incidência de INSS sobre ele.
  5. FGTS: O valor que a empresa deposita para os funcionários também é considerado.
  6. Contribuição Patronal Previdenciária (CPP): Muita gente não sabe, mas o INSS que a empresa paga também entra nesse cálculo.

Um detalhe importante: só contam os valores efetivamente pagos. Não basta apenas calcular ou provisionar, é preciso ter feito o pagamento.

Não são considerados também valores de aluguéis e distribuição de lucros.

Regras específicas do Fator R para você se atentar

Alguns pontos importantes para você se atentar ao calcular o fator R:

  • Se tanto a folha de salários quanto a receita bruta forem zero nos 12 meses anteriores, o Fator R será 0,01 (1%), resultando na tributação pelo Anexo V.
  • Se houver gastos com salários, mas receita zero, o Fator R será 0,28 (28%), levando à tributação pelo Anexo III.
  • Se não houver gastos com salários, mas houver receita, o Fator R será 0,01 (1%), com tributação pelo Anexo V.

Como pagar menos impostos usando o Fator R

Como vimos, o foco principal deve ser manter o Fator R acima de 28%. 

Para isso, podem ser utilizadas algumas estratégias específicas para pagar menos impostos usando o Fator R, como:

  • Ajuste do pró-labore: Você pode aumentar a retirada dos sócios para atingir o percentual necessário. 
  • Contratação de funcionários: Se fizer sentido para o seu negócio, contratar mais funcionários pode ajudar a aumentar o Fator R. 
  • Terceirização x CLT: Analise se é mais vantajoso ter funcionários CLT ou terceirizar alguns serviços. Lembre-se que pagamentos a autônomos também entram no cálculo do Fator R.
  • Planejamento do 13º salário: O pagamento do 13º salário pode ser estratégico para aumentar o Fator R em determinados meses.

Posso alterar o pró-labore mês a mês para poder me beneficiar do Fator R?

Sim, você pode. Não há nenhuma lei que proíba a alteração mensal do pró-labore. 

Isso pode ser uma estratégia interessante para manter seu Fator R acima de 28% e ficar no Anexo III do Simples Nacional.

Porém, os valores declarados precisam ser realmente retirados. Não declare um valor e retire outro, pois isso pode ser considerado fraude.

Também é bom lembrar que, ao aumentar o pró-labore, você aumenta os gastos com INSS e Imposto de Renda. 

Então, faça as contas com cuidado para ver se a economia no Simples compensa esse aumento.

O ideal é ter um contador que entenda bem do assunto e possa fazer esses cálculos para você todos os meses. 

Assim, você garante que está sempre pagando o menor imposto possível, dentro da lei.

Como a Tactus ajuda sua empresa a pagar menos impostos no Simples Nacional

A Tactus é a maior contabilidade do país especializada no mercado digital e em representantes comerciais.

Já realizamos mais de 3 mil estudos tributários para nossos clientes e sabemos como usar o Fator R e outros mecanismos para reduzir ao máximo seus impostos.

Além disso, oferecemos uma garantia de 30 dias sobre os nossos serviços, para que você tenha ainda mais segurança neste processo de contratação.

Nossos planos de Contabilidade digital se adaptam ao seu momento e você tem a certeza de estar sendo atendido por um especialista na sua área.

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Anderson Hernandes

Anderson Hernandes

Fundador e CEO da Tactus Contabilidade Digital, tendo 29 anos de experiência em negócios contábeis. É autor de 11 livros e mais de mil eventos realizados. Possui formação em contabilidade, marketing e gestão de negócios.

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