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Lucro Presumido x Lucro Real: Quando vale a pena mudar de regime e pagar menos impostos?

Imagem mostra contador no seu notebook analisando dois gráficos diferentes com lucro presumido x lucro real na tela

O faturamento mensal da sua empresa já está acima dos seis dígitos e você quer saber se é mais vantajoso optar por Lucro Presumido ou Lucro Real?

Pois saiba que tem MUITAS empresas pagando imposto a mais simplesmente porque estão no regime errado.

Muita gente fica no Lucro Presumido ou até no Simples Nacional por medo de migrar para o Lucro Real. 

Existe uma ideia de que o Lucro Real é mais complicado, que vai dar mais trabalho ou que a carga tributária vai explodir.

Mas a verdade é que em vários casos que a gente atende aqui na Tactus, ficar no Lucro Presumido está custando caro para a empresa.

E vou te mostrar, com exemplos práticos e direto ao ponto, as principais diferenças entre o Lucro Presumido e o Lucro Real, quando realmente faz sentido mudar de regime e quais os erros que você precisa evitar nessa decisão.

Entenda de vez as diferenças entre Lucro Presumido x Lucro Real

Para começar, vamos entender as principais diferenças entre Lucro Presumido e Lucro Real e como essa decisão estratégica pode afetar diretamente o fluxo de caixa da sua empresa.

O que é o Lucro Real?

No Lucro Real, o cálculo do IRPJ e da CSLL é feito com base no lucro contábil da empresa. 

Isso significa que se a empresa tiver prejuízo, não paga esses impostos

Mas, claro, tem um preço: a empresa precisa ter uma contabilidade muito bem organizada, completa e atualizada. Sem isso, não dá para operar no Lucro Real de forma segura.

Agora, sabe qual é o benefício? Se sua empresa tem muitos custos e despesas, o Lucro Real pode fazer você pagar muito menos imposto do que no presumido.

E o Lucro Presumido?

No Lucro Presumido, o governo já define uma margem de lucro sobre o faturamento da empresa.

Por exemplo: empresas de serviço pagam imposto sobre uma base presumida de 32%, independentemente do Lucro Real que tiveram.

Ou seja, mesmo que sua empresa tenha tido prejuízo, você vai pagar como se tivesse lucrado bem.

Isso pode ser perigoso para empresas que têm margens apertadas ou custos operacionais elevados.

PIS e COFINS: a diferença que faz no caixa da empresa

Outro ponto que entra forte nessa comparação entre Lucro Presumido x Lucro Real é o PIS e COFINS.

Tem empresa que, só com esses créditos, já consegue reduzir bastante a carga tributária.

Já parou para pensar o quanto você poderia estar recuperando de créditos tributários se tivesse uma contabilidade mais organizada dentro do regime do Lucro Real?

Por que muitas empresas continuam no regime errado?

Mesmo com tanta informação disponível, a maioria das empresas ainda fica no Lucro Presumido quando já poderia estar no Lucro Real pagando bem menos imposto.

Mas por que isso acontece?

1) Medo do que não se conhece

O Lucro Real exige uma contabilidade completa, com controle detalhado de tudo. 

Isso assusta. 

Principalmente quem nunca teve uma estrutura contábil profissional de verdade. 

Muitos empresários preferem continuar onde estão, mesmo pagando mais imposto, só para não mexer em time que está perdendo.

Mas a verdade é que esse medo custa caro.

2) Falta de planejamento tributário

Tem empresa que nem sabe qual seria o impacto real de mudar de regime. 

E quando nós fazemos a simulação aqui na Tactus, o empresário percebe que ficou anos jogando margem fora à toa.

Escolher entre Lucro Presumido x Lucro Real não pode ser baseado em achismo ou palpite de contador que não acompanha a rotina da empresa.

3) Confiança excessiva em regimes “mais simples”

O nome “Simples Nacional” já entrega o problema. Por parecer mais fácil, ele passa uma falsa sensação de economia. 

Mas basta uma atividade cair no anexo errado ou o Fator R não ajudar, que a carga tributária explode.

A mesma lógica vale para o Lucro Presumido. 

Quando o lucro é baixo e as despesas são altas, não faz sentido continuar pagando imposto sobre o faturamento inteiro.

4) Falta de visão estratégica

O empresário que pensa em crescimento precisa olhar para o regime tributário como parte da estratégia. 

E o Lucro Real, por mais trabalhoso que pareça, abre margem para redução de carga tributária com base legal — principalmente para quem entende de crédito de PIS e COFINS.

A questão não é só pagar menos imposto. É ter mais fôlego para reinvestir, crescer e ser mais competitivo.

Quando vale a pena migrar para o Lucro Real?

Agora que você já entendeu as principais diferenças entre Lucro Presumido x Lucro Real, vamos entrar no que mais interessa: quando realmente faz sentido fazer essa migração?

Essa é uma pergunta que nossa equipe responde praticamente todos os dias aqui na Tactus. 

E a resposta nunca é genérica. Cada caso é um caso. 

Mas existem alguns cenários em que o Lucro Real costuma ser claramente mais vantajoso.

1) Quando a empresa tem altos custos operacionais

Se o seu negócio tem muitas despesas dedutíveis — como folha de pagamento, aluguel, insumos, energia elétrica, serviços de terceiros — a chance de o Lucro Real ser mais vantajoso é grande.

Isso porque, no Lucro Real, o imposto é calculado sobre o Lucro Real mesmo, ou seja: faturamento menos despesas

Quanto maior o seu custo, menor a base de cálculo.

2) Quando a empresa apresenta prejuízo ou margens muito apertadas

No Lucro Presumido, o imposto incide sobre o faturamento, independente do Lucro Real da empresa

Você pode ter prejuízo e, mesmo assim, pagar imposto como se estivesse no azul.

No Lucro Real, se tiver prejuízo, você não paga IRPJ nem CSLL naquele período

E, ainda, pode usar esse prejuízo para compensar lucros futuros.

3) Quando a empresa ultrapassa o limite do Simples Nacional ou do Lucro Presumido

Se o faturamento da sua empresa já passou dos R$ 4,8 milhões anuais, não tem nem escolha: você precisa sair do Simples.

E aí vem a dúvida natural: Lucro Presumido x Lucro Real, qual dos dois?

Se sua margem é apertada ou se você tem muitos custos dedutíveis, o Lucro Real pode ser o melhor caminho.

Vale lembrar também que se a sua empresa estiver no Lucro Presumido e faturar acima de R$ 72 milhões no ano, também precisa obrigatoriamente ir para o Lucro Real.

4) Quando a empresa quer aproveitar créditos de PIS e COFINS

Se você tem um volume alto de despesas que geram crédito tributário, o Lucro Real permite abater esses valores.

Neste caso entram gastos com insumos, energia elétrica, aluguel, frete e até aquisição de mercadorias para revenda (no caso de comércio).

Esse ponto faz muita diferença. Tem empresa que só com os créditos de PIS e COFINS consegue reduzir significativamente a carga tributária.

Lucro Presumido x Lucro Real: simulações de cálculo

Vamos analisar um exemplo realista, com base em situações que analisamos aqui na Tactus todos os dias.

Suponha que você tenha uma empresa de prestação de serviços, com um faturamento mensal de R$ 500 mil e despesas dedutíveis de R$ 400 mil.

Ou seja, o lucro contábil mensal é de R$ 100 mil.

Agora vamos fazer a conta nos dois regimes.

Quanto essa empresa pagaria no Lucro Presumido?

No Lucro Presumido, a base de cálculo do IRPJ e da CSLL é definida por uma margem presumida de 32% sobre o faturamento.

Total de tributos no Lucro Presumido: R$ 80.650,00 mensais

Quanto essa empresa pagaria no Lucro Real?

Agora vamos ver o cenário no Lucro Real:

Total de tributos no Lucro Real: R$ 69.750,00 mensais

Resultado: economia de quase R$ 11 mil por mês

Fazendo a conta, essa empresa teria uma economia mensal de R$ 10.900,00, o que dá mais de R$ 130 mil no ano.

Agora me responda: quanto essa diferença impactaria no caixa da sua empresa?

Essa é a diferença real entre Lucro Presumido e Lucro Real quando o planejamento tributário é bem feito.

E claro: isso é apenas um exemplo. Cada empresa tem um cenário específico. 

Mas esse tipo de análise é o que mostra, de forma prática, o peso da escolha do regime.

Como o tipo de atividade influencia na escolha do regime tributário

Na hora de decidir entre Lucro Presumido ou Lucro Real, não basta olhar só para faturamento e despesa. 

O tipo de atividade da sua empresa muda completamente o jogo.

É aqui que muita gente erra.

Vamos separar em dois perfis bem comuns: prestadores de serviço e empresas de comércio.

Prestadores de serviço: atenção ao Fator R e ao Anexo V

Se você é prestador de serviço e ainda está no Simples Nacional, já deve ter esbarrado no tal do Anexo V

Aqui, as alíquotas iniciais são de 15,5% e podem chegar facilmente a 30,5%, dependendo do Fator R.

E o que é esse Fator R?

É um cálculo que considera o valor da sua folha de pagamento em relação ao faturamento. Se a proporção for baixa, você é penalizado com alíquotas altíssimas. 

E aí, o que parecia simples, vira uma bomba tributária.

Nesse cenário, o Lucro Real pode ser uma saída inteligente, principalmente se sua empresa tiver:

Afinal, no Lucro Real, o imposto incide sobre o lucro, e não sobre o faturamento. E isso muda tudo.

Empresas de comércio: atenção ao crédito de PIS/COFINS

Agora vamos falar de empresas comerciais.

Se a sua margem é alta, com poucos custos, o Simples ou até o Lucro Presumido podem parecer mais vantajosos num primeiro olhar. 

Mas esse raciocínio muda completamente se você tiver uma estrutura de custos mais pesada.

Por exemplo:

No Lucro Real, você pode aproveitar os créditos de PIS e COFINS sobre essas despesas e reduzir bastante a carga tributária.

Inclusive, o crédito sobre a compra de mercadoria para revenda costuma ser um dos mais relevantes. 

E isso é algo que passa batido por muita gente.

Cuidados antes de migrar para o Lucro Real

Antes de tomar a decisão de migrar do Lucro Presumido para o Lucro Real, você precisa olhar para dentro da sua empresa e garantir que está com a casa em ordem.

Aqui na Tactus, a gente sempre reforça isso com os clientes: migrar sem preparo pode sair mais caro do que continuar no regime errado.

Anote aí os pontos críticos que você precisa avaliar antes de fazer qualquer mudança:

1) Contabilidade completa e organizada

No Lucro Real, você precisa ter um controle rigoroso de todas as receitas, despesas e movimentações financeiras da empresa. 

Cada lançamento conta. E qualquer erro pode gerar não só mais imposto, mas também problemas com a Receita.

Se hoje sua contabilidade é feita só para cumprir tabela, já é um sinal de alerta.

2) Revisão da folha de pagamento

Outro ponto que muita gente esquece: no Lucro Real, os encargos trabalhistas não estão embutidos nos tributos como no Simples Nacional.

Isso significa que a sua folha de pagamento vai ter um peso ainda maior na gestão financeira.

Antes de migrar, é fundamental recalcular o impacto da folha na nova estrutura tributária.

3) Atenção ao ICMS e ISS

A mudança de regime pode mexer também com o ICMS (se você for comércio) e com o ISS (se for serviço). 

E aqui existe uma particularidade importante: a legislação varia de estado para estado e de município para município.

Tem lugares onde migrar para o Lucro Real pode aumentar o ISS. Em outros, pode reduzir.

Por isso, o planejamento precisa ser regionalizado

Não dá para tomar decisão com base só em regra geral.

4) Controle rigoroso das notas fiscais

Se você pensa em ir para o Lucro Real, não pode mais comprar absolutamente nada sem nota fiscal.

Lembra dos créditos de PIS e COFINS? Eles só existem se as despesas forem devidamente documentadas.

Qualquer compra por fora significa jogar fora a oportunidade de reduzir imposto.

Além disso, o risco de fiscalização no Lucro Real é muito maior

Por isso, organização e controle são palavras de ordem.

5) Tenha uma Contabilidade especializada no seu lado

Esse não é um processo para ser feito sozinho ou com um contador que não tem experiência com empresas no Lucro Real.

Aqui na Tactus, já acompanhamos dezenas de migrações e sabemos que cada detalhe faz diferença.

Se você quer escolher entre Lucro Presumido x Lucro Real com segurança, precisa de um planejamento tributário sério, feito por quem entende de verdade da rotina das empresas.

Como a Tactus ajuda sua empresa a escolher entre Lucro Presumido e Lucro Real

Se depois de tudo isso você ainda está em dúvida entre Lucro Presumido e Lucro Real, não precisa tomar essa decisão sozinho.

Aqui na Tactus, nós vivemos essa realidade todos os dias. Já ajudamos centenas de empresas a fazer exatamente essa escolha. 

O nosso processo começa com uma análise detalhada da sua empresa. 

Vamos analisar aspectos como:

Além disso, fazemos simulações reais, com números da sua operação, para mostrar de forma transparente o que muda na prática se você migrar de regime.

Se você realmente quer pagar menos imposto, com segurança jurídica e planejamento, fale com o nosso time de especialistas agora mesmo e agende uma reunião de diagnóstico.

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